A economia linear influencia no desmatamento da Amazônia. O conceito econômico linear é baseado na extração, produção, consumo e descarte. Este modelo, tem origem no período da industrialização, e consiste em extrair, transformar, descartar.No caso da indústria, a ideia desde o princípio, sempre foi produzir e inutilizar. Nessa estratégia, induz os consumidores a substituir objetos e produtos rapidamente. Dessa maneira, a demanda se mantém e a indústria continua funcionando e se expandindo.Infelizmente este sistema de produção extrativista também é utilizado no agronegócio e outras atividades. Para suprir a demanda cada dia maior, desmata, incinera e degrada sem o menor escrúpulo com o meio ambiente.Este sistema linear de produção e consumo, vem custando caro ao planeta. Os prejuízos vão desde a escassez de matérias-primas até o agravamento da crise climática e seus efeitos colaterais.
A economia linear influencia no desmatamento da Amazônia, pois não considera adequadamente os impactos ambientais e os custos da degradação dos ecossistemas amazônicos.
O que o desmatamento da Amazônia tem haver com o clima?
Muitos fingem acreditar que a relação entre condições climáticas e o desmatamento na Amazônia é “mito”. Porém, até os que não acreditam na ciência de fato, podem observar as alterações climáticas dia-a-dia.
A mudança no comportamento das chuvas e do clima, são impactos que refletem o peso do desmatamento. Isto se dá porque a floresta funciona como uma bomba de água que abastece a atmosfera.
Segundo os cientistas, 1 m² de vegetação, joga seis vezes mais água na atmosfera, que a mesma medida de oceano. Através desta umidade formam-se os “rios voadores”, correntes de ar extremamente úmidas.
Esta água toda, não fica parada sobre a floresta, se desloca fazendo chover no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Estes “rios voadores”, se formam de três a quatro vezes por mês, entre novembro e abril. O aguaceiro vive nos noticiários, como foi o caso na região serrana do Rio, no começo do ano.
Dessa forma podemos dizer: Seria cômico, se não fosse trágico, mas a desregulação das chuvas impacta diretamente o próprio agronegócio. O agronegócio impacta na floresta.
O Brasil tem 95% da agricultura dependente de chuva. Quem faz a irrigação é a floresta amazônica. Ou seja, se a floresta cair , o agronegócio cai junto.
“Podemos usar o tempo a nosso favor e adiar o aquecimento global, já que ele é uma mudança contínua que vai acontecendo e não um evento súbito como um terremoto. Mas para apostar no tempo é preciso manter a floresta em pé”. Carlos Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
A economia linear influencia no desmatamento ao promover a demanda por recursos naturais sem considerar os impactos ambientais.
Quantos hectares da Amazônia foram derrubados para “passar a boiada”?
A Amazônia perdeu em média 2.110 hectares de floresta por dia em 2019. Em 2020 foi mais um ano de chacina florestal, a Amazônia perdeu 2,3 milhões de hectares, 17% a mais do que no ano anterior.
A destruição não para, e só em fevereiro deste ano de 2021, foram 123 Km² de desmatamento. Por sua vez, o mês de março foi pior ainda, o desmatamento cresceu assustadoramente mais de 198%.
É muito triste, mas o desmatamento e as queimadas são práticas antigas, para “limpar a terra” e torná-las agricultáveis. Sempre utilizadas na dinâmica extensiva do agronegócio. Como resultado dessa expansão, temos hoje na região amazônica, um hectare desmatado por cabeça de gado.
A economia linear influencia no desmatamento da Amazônia, pois prioriza a extração desenfreada de recursos naturais, como madeira e minérios, muitas vezes provenientes da Amazônia.
Cerca de 30% do desmatamento acontece em terras públicas. Trata-se do crime organizado de grileiros, que tomam a terra dos brasileiros para fazer a derrubada, fazer a queimada e depois vender para terceiros.
A ocupação da Amazônia começou na década de 50, com incentivos do governo militar e a chegada de grandes obras. O resultado foi a criação de uma fronteira agrícola e pecuária que, desde então, avança voraz e continuamente, sobre a floresta.
“Essa visão de futuro que todos nós queremos construir conjuntamente é uma visão de colocar o Brasil como o país da sustentabilidade. O futuro do planeta tem que passar pela sustentabilidade.”, diz o pesquisador do Inpe, Carlos Nobre.
A economia linear influencia no desmatamento incentivando a busca por lucro imediato, negligenciando os impactos ambientais.
Como a economia linear influencia no desmatamento da Amazônia
A economia linear influencia no desmatamento da Amazônia, pois estimula a demanda global por commodities agrícolas e pecuárias, que requerem a expansão das áreas de cultivo e pastagens na região.
A economia linear é um modelo de produção e consumo que se baseia na extração de recursos naturais, na produção de bens e no descarte desses produtos após o uso. Essa abordagem tem uma influência significativa no desmatamento na Amazônia.
- Demanda por recursos: A economia linear requer uma demanda constante por recursos naturais, como madeira, soja, carne bovina e outros produtos oriundos da região amazônica. Isso leva à expansão de atividades como agricultura, pecuária e mineração, muitas vezes causando o desmatamento para obter esses recursos.
- Pressão sobre as áreas protegidas: O desmatamento na Amazônia é impulsionado pelo avanço das fronteiras agrícolas e pecuárias. A economia linear, ao não considerar a preservação ambiental como uma prioridade, acaba colocando em risco as áreas protegidas e reservas indígenas, permitindo a invasão de terras e a degradação dos ecossistemas.
- Cadeias de suprimentos insustentáveis: A economia linear muitas vezes opera com cadeias de suprimentos longas e complexas, envolvendo diferentes etapas de produção e distribuição. Isso pode resultar em práticas insustentáveis, como o desmatamento ilegal para a produção de commodities agrícolas e pecuárias, que são posteriormente exportadas para o mercado internacional.
- Impactos socioeconômicos negativos: O desmatamento associado à economia linear pode ter impactos socioeconômicos negativos na região amazônica. A degradação dos ecossistemas afeta diretamente as comunidades locais, que dependem da floresta para sua subsistência e têm seus modos de vida tradicionais comprometidos.
Para combater o desmatamento na Amazônia, é necessário adotar uma transição para uma economia mais circular e sustentável.
A economia linear não leva em conta a importância da conservação da biodiversidade e dos ecossistemas amazônicos, levando a um uso insustentável dos recursos naturais.
Isso envolve a adoção de práticas de produção e consumo responsáveis, o fomento de cadeias de suprimentos sustentáveis, o investimento em energias renováveis e a valorização da preservação ambiental como parte integrante do desenvolvimento econômico.
A economia linear influencia no desmatamento, pois não leva em consideração a preservação dos recursos naturais.
Como estancar a degradação?
As questões ambientais são temas amplamente discutidos em todos os setores econômicos. Por sua vez, as ações para reduzir os impactos da degradação ao meio ambiente ainda são insuficientes.
Contudo, ao longo do tempo, vêm sendo difundido maciçamente o conceito de economia circular. Essa estratégia é oposta ao formato linear de produção e consumo, estendendo-se às questões sociais. Simultaneamente, aborda os resultados socioeconômicos e impactos gerados pelas empresas e o agronegócio.
Porém para que este processo substitua o formato linear, precisamos que políticas públicas sejam implementadas. Temos que cobrar dos políticos, o governo deve fazer gestão integrada, enquanto o setor privado faz os investimentos nessa mudança. Com gerenciamento de resíduos sólidos, é possível destruir menos, com um melhor aproveitamento de tudo.
A economia linear influencia no desmatamento ao não priorizar a transição para uma economia circular, que valorize a conservação dos recursos e a sustentabilidade ambiental.
Agora vamos entender em vídeo como a economia linear influi no desmatamento da Amazônia
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