Os debates mais aclamados são acerca do descarte irregular dessas substância após o seu uso. Isso se deve aos seus agentes químicos que oferecem alto risco de contaminação ao meio ambiente e a vida humana. Você já deve ter visto alguém conhecido descartar restos de medicamentos, até frascos fechados, via lixo comum ou descarga sanitária. Já parou para se questionar quais são os impactos resultantes desta prática?Resultam em contaminação de solo, águas superficiais e subterrâneas, se estendendo a fauna e flora alterando o equilíbrio ecológico local. Estudos recentes indicaram que medicamentos contraceptivos podem ter atribuído a peixes machos características femininas pelos hormônios sintéticos. Já nos seres humanos do sexo masculino os sintomas são de queda de alibido e disfunção erétil!!!Os resíduos sólidos nascem em decorrência da atividade econômica, e a sua quantidade geralmente é proporcional ao tamanho deste mercado. Já os resíduos farmacêuticos são gerados durante a extração de matéria-prima, fabricação, distribuição, comercialização de medicamentos e o seu consumo final.Para atenuar essa tragédia é preciso divulgar com veemência a seriedade dessas informações aliadas a práticas de engenharia reversa dos medicamentos. O PGRS DE SERVIÇO DE SAÚDE possibilita que os medicamentos retornem a fonte geradora para o devido tratamento e/ou reutilização.
O que é a cadeia produtiva farmacêutica?
A cadeia produtiva farmacêutica é um termo que se refere ao conjunto de etapas e processos envolvidos na produção e comercialização de medicamentos e produtos farmacêuticos. Essa cadeia é composta por diversas etapas interligadas, desde a pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos até a distribuição e venda ao consumidor final.
Cada etapa desempenha um papel fundamental na criação e disponibilização de produtos farmacêuticos seguros e eficazes para o tratamento e prevenção de doenças.
As principais etapas da cadeia produtiva farmacêutica incluem:
- Pesquisa e Desenvolvimento (P&D): Nesta fase, as empresas farmacêuticas e instituições de pesquisa buscam identificar novas moléculas e desenvolver novos medicamentos. Essa etapa envolve testes laboratoriais, estudos clínicos em animais e, posteriormente, em seres humanos.
- Registro e Aprovação: Antes de serem comercializados, os medicamentos precisam ser submetidos a rigorosos processos regulatórios em cada país para garantir sua segurança e eficácia. Órgãos reguladores, como a FDA nos Estados Unidos e a Anvisa no Brasil, são responsáveis por essa aprovação.
- Produção: Após a aprovação, os medicamentos são fabricados em larga escala em instalações especializadas, seguindo padrões rigorosos de qualidade e boas práticas de fabricação.
- Distribuição: Os medicamentos são distribuídos para armazéns, atacadistas e farmácias, a fim de serem disponibilizados aos profissionais de saúde e aos pacientes.
- Prescrição e Uso: Os médicos e outros profissionais de saúde prescrevem os medicamentos aos pacientes, que os utilizam de acordo com as orientações fornecidas.
- Monitoramento e Farmacovigilância: Após o lançamento no mercado, os medicamentos são monitorados quanto a possíveis efeitos colaterais e reações adversas em um processo chamado de farmacovigilância. Isso visa garantir a segurança contínua do produto.
- Atendimento ao paciente: Além disso, é essencial fornecer informações adequadas sobre o uso dos medicamentos, interações com outros medicamentos e orientações para os pacientes sobre a dosagem correta e possíveis efeitos colaterais.
A cadeia produtiva farmacêutica é altamente complexa, com regulamentações rígidas e padrões de qualidade para garantir que os medicamentos sejam eficazes, seguros e acessíveis para a população. Também é uma indústria que desempenha um papel crucial na melhoria da saúde e no combate a doenças em todo o mundo.
Como é segmentada a cadeia produtiva farmacêutica?
O mercado brasileiro de medicamentos movimentou US$ 17,04 bilhões nos últimos 12 meses até agosto de 2017. Na América Latina, é o principal mercado, estando à frente do México (US$ 5,4 bilhões) e da Argentina (US$ 5,4 bilhões).
A organização da cadeia produtiva farmacêutica é segmentada em quatro etapas: importação, fabricação, distribuição e comercialização. A figura abaixo procura ilustrar a articulação entre os diferentes elos da cadeia farmacêutica. Desde a etapa de produção de insumos na indústria química e farmoquímica, até a etapa de distribuição e consumo de medicamentos através de diferentes canais.
Envolve um conjunto extenso de empresas e atividades que tem início ainda no mercado exterior. As importadoras de medicamentos são compostas por 60 empresas que nos abastecem com de insumos farmacêuticos ativos(Conselho Federal de Farmácia, 2016).
A indústria farmacêutica é uma atividade licenciada para pesquisar, desenvolver, comercializar e distribuir drogas farmacêuticas. A indústria farmacêutica nacional é composta por 492 empresas, das quais 123 multinacionais e 369 laboratórios nacionais (Sindusfarma, 2017). Em alguns casos, os laboratórios podem subcontratar terceiros para a produção de parte ou totalidade de determinados produtos.
Já na distribuição, muitas empresas farmacêuticas ainda se utilizam de expedição própria. Em contrapartida, há tempos percebe-se uma tendência pela terceirização. Existem 4.147 empresas terceirizadas que escoam grande parte da produção para o acesso público e comercialização.
Como funciona a comercialização de medicamentos no Brasil?
O estágio de comercialização envolve uma rede de mais de 82 mil farmácias e drogarias (Conselho Federal da Farmácia, 2016).Uma característica marcante do varejo farmacêutico reside no movimento crescente de consolidação das grandes redes. Ilustrado pelas alianças recentes entre a rede Drogasil e Raia ou entre Drogaria SP e Pacheco. De acordo com aAbrafarma, as 13 mil unidades pertencentes a 28 empresas, respondem por 75% das vendas nacionais de medicamentos.
Além dos canais de comercialização tradicionais já mencionados, é possível destacar as vendas de medicamentos via internet. Entretanto, esses canais ainda apresentam um volume bastante restrito quando comparados ao volume comercializado por intermédio de farmácias e drogarias.
No caso do comércio eletrônico a Anvisa conta desde 2009 com uma regulamentação própria (RDC 44/2009). Estabelece as regras para o comércio eletrônico de medicamentos. De acordo com a regulamentação para oferecer medicamentos na web, as farmácias devem existir fisicamente e estar abertas ao público. Devem apresentar no endereço na internet o nome e telefone de contato do farmacêutico de plantão para atendimento ao usuário.
Já a importação de medicamentos por parte de pessoas físicas é regulamentada no capítulo XII da RDC Nº 81/2008 – Anvisa. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Bens e Produtos Importados para fins de Vigilância Sanitária. A existência de tais regulamentações, entretanto, não evita a existência de canais ilegais de distribuição de medicamentos para consumidores finais.
Qual o tamanho da rede hospitalar no Brasil?
Os hospitais e clínicas constituem outro elo importante na dispensação de medicamentos para população. De acordo o Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES), a rede hospitalar brasileira congrega mais de 14 mil estabelecimentos. Distribuídos da seguinte forma: 6.153 hospitais gerais e especializados, 437 unidades de pronto socorro e 7.819 policlínicas. Deste total, mais de 70% correspondem a estabelecimentos privados de saúde e 30% são estabelecimentos públicos.Em 2017, consoante com o Ministério da Saúde, foram executados mais de 2.263.646.575 de procedimentos ambulatoriais de média e alta complexidade. Em consequência disso são gerados um dos tipos de resíduos sólidos mais infectantes e contaminantes. Conhecidos como lixo hospitalar ou resíduos de serviço de saúde.Após essa bate papo você consegue avistar o mundo mundo de oportunidades de consultorias oriundas desse mercado? Entenda quais são as etapas e como se elabora um PGRS DE SERVIÇO DE SAÚDE entre para o mundo da consultoria ambiental
Referências
- Cenário dos Hospitais no Brasil – 2018 Federação Brasileira de Hospitais
- Relatório de Gestão – 2017 Ministério da Saúde
- Conselho Federal de Farmácia
- Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde
- Perfil da Indústria Farmacêutica – 2017 – Sindusfarma
- Pensamento Verde
- Agência Nacional de Vigilância Sanitária